Prática de Pavimentação e o Desperdício

As obras de pavimentação não seguem a boa prática disponível pela engenharia civil.

A prática recomendável pela engenharia de pavimentação não é seguida adequadamente pelas empresas e órgãos públicos que executam as obras de pavimentação em estradas, avenidas, ruas publicas e loteamentos.

Os procedimentos indicados, normalizados e disponíveis em diversas publicações técnicas mostram que os critérios de projetos e execução de limpeza, escavação, aterros, subleito, sub-base, base e a capa (revestimento) de obras de pavimentação não são seguidos.

As conseqüências do não atendimento aos critérios indicados e normalizados serão obras com vida útil reduzida. O atendimento dos  procedimentos e critérios de projeto e execução e controle tecnológico de engenharia de pavimentação seriam uma “garantia” de obras mais duradouras e consequentemente de menores riscos de manutenção e de refazê-las.

As obras que não seguem as técnicas existentes e consagradas têm sua vida útil reduzida. Assim, nos primeiros anos aparecem trincas, rachaduras e buracos e conseqüentemente uma degradação da capa e camadas subjacentes de forma progressiva e acelerada nas chuvas.

Assim surge o desperdício, pois o investimento com a obra não tem o retorno pretendido, ou seja, se gasta mais do que seria necessário para vida útil que terá obra executada em desacordo com as boas técnicas.

Ainda, há uma agravante, pois o recapeamento simplesmente, como é a prática observada também não atenderá adequadamente os critérios de dimensionamento ficando de qualquer forma comprometido.

Explica-se que na capa tem-se o custo mais significativo e que seu dimensionamento depende das camadas subjacentes.

Uma vez que as camadas inferiores, fundação da capa, foram mal dimensionadas e ou executadas inadequadamente sem atender aos critérios de controle tecnológico teremos sempre um comprometimento das camadas superiores em suas vidas úteis.

A capa ou revestimento da obra de pavimentação é a que é vista, entretanto sua durabilidade depende das camadas de base, sub-base, e subleito.

Os critérios de dimensionamento de pavimento dependem da capacidade suporte das camadas inferiores que suportam a capa, desde o solo do leito ou fundação. E, a capacidade suporte destas camadas dependem dos matérias utilizados e do processo executivos das mesmas.

Assim temos a necessidade de fazer ensaios denominados CBR para dimensionamento do pavimento e depois durante a obra verificar os valores atingidos na execução destas camadas.

Concluindo são necessários ensaios de laboratório para executar o projeto ou dimensionamento das espessuras das camadas de pavimentação. O dimensionamento é função do trafego previsto para a via e a vida útil desejada à obra de pavimentação. Depois na fase de construção é necessário o controle tecnológico das características dos materiais utilizados e a capacidade de suporte das camadas executadas para verificar se atendem as especificações técnicas do projeto.

Assim, teremos uma obra com custos justos a sua utilização não havendo desperdícios de recursos financeiros.

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